Muitas pessoas acreditam que a contabilidade tem como única função efetuar a declaração anual de imposto de renda, quando na verdade se trata de uma das ferramentas mais completas, na área de planejamento e estratégia financeira utilizadas na sociedade moderna. Nesse pequeno artigo remeteremos aos primórdios para, aos fundamentos, para sedimentarmos uma noção de como funciona o pensamento contabil.
A contabilidade é uma das ferramentas para a tomada de decisão por parte dos stakeholders (partes interessadas), utilizando das suas técnicas e princípios ela é capaz de quantificas e apresentar de diversas maneiras a situação financeira uma entidade. Falando em Entidade esse é um princípio essencial da contabilidade.
Em 28 de maio foi de 2010, foi publicado pelo Conselho Federal de Contabilidade a Resolução CFC n° 1282/10, que alterou dispões sobre os Princípios Fundamentais da Contabilidade, anteriormente expressos na Resolução CFC n° 750/93, são eles o princípio da Entidade, da Continuidade, da Oportunidade, do Registro pelo valor original, da Competência e o da Prudência.
Princípio da Entidade:
O princípio da entidade reconhece o Patrimônio como o objeto da contabilidade e pertencente a entidade, além de se distinguir de outros Patrimônios existentes, sendo assim, o Patrimônio de uma pessoa jurídica não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários. Logo uma personalidade jurídica e uma personalidade física se diferenciam entre si, assim como duas personalidades físicas ou duas jurídicas também tem seus Patrimônios apartados.
Princípio da Continuidade:
A partir da avaliação das mutações patrimoniais esse princípio tem condições de acusar a capacidade de continuidade da existência da entidade, tendo em vista, que na grande maioria das vezes elas tem uma perspectiva de durabilidade não óbvia.
Princípio da oportunidade:
Consiste na hipótese que desde que, tecnicamente estimável, e com razoável certeza da ocorrência do fato das alterações patrimoniais devem ser registradas, contemplando aspectos físicos, monetários e temporais para reconhecimentos dessas.
Princípio do Registro pelo valor original:
os componentes do patrimônio devem ser registrados pelo valor original de transação, expresso em moeda nacional, considerando aspectos como custo histórico e variação do custo histórico, tendo em vista que todo o patrimônio sofre uma variação, seja ela grande ou pequena no decorrer do tempo.
Princípio da Competência:
os eventos devem ser reconhecidos mesmo sem a ocorrência do recebimento ou pagamento e sim no momento que uma em que se pode perceber a alteração do patrimônio, uma compra para pagamento a prazo por exemplo.
Princípio da Prudência:
em casos de incerteza deve haver certo grau de precaução com relação a estimativas de forma a aumentar a margem de segurança para fatos imprecisos ou de alta volatilidade.
Esses princípios são a base para o desenvolvimento da atividade contabil, e a partir desse modus operandi, são apresentadas informações como rentabilidade, estrutura, liquidez e solvência dentro muitos outros, que podem demonstrar a saúde e situação financeira de uma pessoa Jurídica, para que se possa tomar as decisões sobre futuros empreendimentos, prazos, assim como evolução de dívidas ou viabilidade de operações.
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