Vivemos um tempo marcado pela ausência de maturidade e equilíbrio emocional.
Há quem diga que a principal razão desse problema é a pandemia, que desestabilizou o mundo de um ano pra cá, mas acredito sinceramente que a pandemia apenas trouxe à luz problemas que eram até então mascarados com outros nomes, como cansaço ou stress, que poderiam ser facilmente ofuscados com algumas horas de diversão no final de semana, mas com o surgimento dessa pandemia veio a necessidade das pessoas voltarem para dentro de suas casas e conviverem consigo mesmas, e isso parece que foi um grande problema pra muita gente.
Segundo pesquisa do Instituto Ipsos, encomendada pelo Fórum Econômico Mundial, no ano de 2020 mais de 41% dos brasileiros relatavam sintomas de ansiedade, insônia ou depressão. Este ano o percentual subiu para 53%. Estamos falando de mais da metade da população brasileira sofrendo com os sintomas de doenças emocionais que, se não tratadas, tendem a ocasionar outras doenças psicossomáticas.
Faz-se necessário que adotemos um estilo de vida mais consciente e saudável, equilibrando nossos hábitos a fim de não apenas conquistarmos, mas também preservarmos nossa saúde física e principalmente nossa saúde emocional, pois se a mente padece, o corpo enfraquece. Atividade física, boa alimentação, convívio social consciente (de acordo com os cuidados necessários em razão da pandemia ainda existente), terapia, leitura são bons exemplos do que podemos fazer para nos mantermos ativos e preservarmos nossa saúde.
Com o avanço da vacinação, aparentemente o pior momento do Covid vai ficando para trás, mas deixando cicatrizes de luto para muitos e feridas emocionais que se alastram além das paredes de nossas casas, contudo é preciso que saibamos extrair desse período o máximo de experiência e aprendizado. Acredito que todos nós vamos sair desse período bem mais maduros que quando entramos. Uns mais, outros menos, mas todos de alguma forma transformados.
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